quinta-feira, 25 de junho de 2020

Dominando o inglês do CCNA

O exame de certificação CCNA é uma prova considerada difícil tecnicamente porque envolve muitas questões teóricas. Na verdade, ser reprovado em uma primeira tentativa é muito comum. Para muitos no entanto, o conhecimento técnico não é o único obstáculo. Como a prova atualmente não existe em português - isso mesmo! Já tivemos exames CCNA em português, mas, o português das provas mais atrapalhavam do que ajudavam, então, os candidatos acabavam optando por fazer em inglês mesmo, isto, quando não faziam em português e se davam mal. Fato é que saber inglês é ferramenta necessária para passar no exame. Se você tem dificuldade com inglês, mas, pelo menos tem aquele famoso basicão de pronomes, artigos e verbo To be, boa notícia! Você pode passar no exame mesmo assim. Porque eu tenho tanta certeza disso? Porque eu também tenho dificuldades com o idioma, mas, passei no CCNA em inglês. Dica importante: estude em português e em inglês. Estude exemplos de questões em inglês e em português. Depois de um tempo, estude só em inglês. Primeiro vamos entender que não é preciso uma tradução literal para sacar o âmago da questão que você está resolvendo. Para isso, vou passar nos próximos posts uma gama de palavras e expressões mais encontradas na literatura do exame, ou seja, um vocabulário de inglês técnico para o CCNA. Dividirei em postagens para seguir com a filosofia de 5 minutos, obedecendo o lema CISCO de pouco+pouco+pouco=muito. Também, iremos analisar algumas questões para você entender qual é a dica. 

Obs.: 1- não irei colocar o vocabulário em ordem alfabética porque dá trabalho - risos, e brincadeiras à parte não importa para o nosso objetivo. 2- não discutirei regras gramaticais (nem teria como), estas são dicas práticas de entendimento. 3- Colocarei as ideias no contexto do CCNA. 4- Não preciso dizer que não sou professor de inglês, longe disso, apenas coloco aqui uma técnica útil na compreensão das questões do EXAME. 5- O vocabulário que estou colocando aqui é a íntegra das minhas anotações no material de estudo.

But (mas), However (no entanto, contudo), Otherwise (senão), Although (embora), Unless ( a não ser que), Instead (em vez ), Against (contra), Rather (antes, em vez), Otherwise (de outra forma), On the other hand ( por outro lado), Among (entre uma coisa e outra): todas estas palavras, na maioria, conjunções adversativas, indicam um pensamento contraposto, um argumento adverso.  

And so on ( por aí vai), Beyond (além), Thus (assim), Therefore (portanto), Such (tais), Whose (cujo), So (então): estas são palavras explicativas e conclusivas, ajudam a endossar o pensamento.

Whath/Which (o que/qual), How (como), When(Quando), While(enquanto). Normalmente as questões se inicial com alguma destas palavras. Fica a dica!

That (aquele), This (isto), Them(eles), There (há)

Improve (melhorar), Increase (almentar), Decrease (diminuir)Lower (mais baixo), Slower (mais lento), Faster (mais rápido), Issue (questão, problema), Either (ideia de opção), Whether | if (condicional), Behind (atrás), Belong (ideia de pertencer), Become (ideia de se tornar), Behavior (comportamento), Approach (Abordagem), Statement (sentença ou texto), Do (fazer, auxilia verbos em perguntas), Make (fazer), Perform | Play (fazer, executar), Can (pode), Want (Quer). Perceba que estas palavras irão aparecer muito nas questões.

Agora vamos aos exemplos:

How can you manually configure a switch so that it is selected as the root Switch? 

Como voce pode configurar um switch manualmente como ROOT Switch? - É uma questão de spanning-tree. Observe que você não precisa traduzir tudo porque os termos "configure, manually e Root switch" são intuitivos. Algumas palavras em inglês chamadas de cognatos tem o mesmo sentido em português, outras nem vale a pena traduzir, porque já fazem parte do nosso leque de T.I como switch por exemplo. 

A. increase the priority number (aumenta o valor do "priority number") 
B. lower the port priority number (baixa o "priority number" da porta)
C. lower the priority number (baixa o "priority number" )
D. increase the port priority number (aumenta o "priority number" da porta)
Observe que "priority number" nem precisa traduzir, porque os livros em português irão trazer este termo, e você provavelmente já chama assim. 
Answer: C aqui você deduz o que é answer (resposta)

Percebeu como é fácil? Próximo post trago mais dicas e mais vocabulário.





terça-feira, 23 de junho de 2020

Entenda a estrutura do endereço IP

O protocolo IP é o protocolo padrão da internet. Ele torna possível todas as comunicações existentes na rede como a conhecemos hoje. Mas, há uma nuance muito importante e às vezes pouco entendida, que é o seu esquema de endereçamento. O endereço IP é composto de quatro campos de 8 bits chamados de octetos. Portanto, 4 octetos separados por pontos. Ex.: 192.168.0.128 em decimal. Porém, na verdade, este endereço é lido pelos roteadores no sistema de numeração binário 11000000.10101000.00000000.10000000 o que dá a possibilidade de endereçar 2^32 dispositivos, cerca de 4096 milhões. Acontece que seria quase impossível administrar a entrega de pacotes numa rede com tantos dispositivos dadas as características de comunicação de uma rede IP. Então entra a ideia de redes e sub-redes. Desse modo, além dos endereços de hosts temos também as máscaras de sub-rede, que são indicadas por números como esse 255.255.255.0 que em binário fica 11111111.11111111.11111111.00000000 
A combinação dos zeros e 1s do campo endereço com os zeros e 1s do campo máscara de sub-rede indica em qual rede determinado dispositivo como computador ou smartphone se encontra, na maioria das vezes fazendo uma determinação até mesmo geográfica, sendo que os 1s na máscara indicam a rede e o campo com os zeros são reservados para endereçar o host. No exemplo acima, os hosts são determinados pelos últimos 8 bits, sendo possível endereçar 2⁸, ou seja, 256 endereços. Podemos fazer uma analogia com endereços no sistema postal. Parte do endereço indica a cidade, bairro, rua, e por último número da casa ou apartamento. Neste processo, vale também informar que quando todos os bits  de host estão setados em zero, este endereço é um endereço de rede e não é atribuído a um host. Podemos pensar neste número como um CEP que indica a rua toda. Do mesmo modo, se todos os bits neste campo, estão setados em 1, este endereço é chamado endereço de broadcast, o que indica que o pacote será visto por todos os dispositivos desta rede. 

O que é notação CIDR?

Você já deve ter ouvido um colega ou professor dizer que uma máscara de rede é /24 ou /32 e por aí vai. Isto é a notação CIDR (lê-se sáider). CIDR é Classless inter-domain Routing (Roteamento inter-domínio independente de classe). Não vamos discutir aqui o funcionamento do CIDR porque foge da proposta que é entender a notação.  Quando ouvimos que uma máscara de rede é barra /x apenas quer dizer que estamos indicando o número de bits da máscara de sub-rede setados em 1, ou seja, que indicam a porção rede do endereço IP. Desta forma, temos por exemplo uma máscara muito usada em redes de classe C 255.255.255.0 pode ser dita /24 isso porque ao converter os octetos em binário ficamos com o seguinte número 11111111.11111111.11111111.0, contando os bits ligados vemos que são 24. Se a máscara fosse
255.255.255.192, então, diríamos que ela é /26 pois 11111111.11111111.11111111.11000000. Não é simples?

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Como funciona o Handshake 3-way do protocolo TCP

A pilha de protocolos TCP/IP usa como protocolo de transporte (ver modelo OSI ou DoD TCP/IP) dois  protocolos, a saber, o TCP e o UDP. Basicamente os dois diferem entre si pelo overhead adicionado à comunicação. Mas, esse é um outro assunto. Portanto, vamos nos concentrar apenas no TCP. O TCP é um protocolo orientado à conexão, e por isso, se utiliza de uma técnica chamada de 3-way handshake para fechar comunicação com o host remoto. A figura abaixo ilustra um resumo desta técnica:
TCP 3-Way Handshake (SYN, SYN-ACK,ACK)

Observe que o cliente, host X, envia ao servidor uma solicitação de conexão chamada SYN (sincronização) e espera dele um ACK (reconhecimento) indicando a recepção do datagrama. Chamamos este SYN ou ACK de flag. No momento em que o servidor responde, retorna neste datagrama o flag ACK indicando que recebeu o SYN inicial do cliente, e já aproveita para enviar o SYN dele solicitando o ACK do cliente. Isto se chama handshake em três vias. Observe que quando o cliente recebe o SYN+ACK do servidor, ele responde com ACK o que torna a comunicação à partir daí sempre sincronizada independente do tamanho da janela de dados estabelecida. Para garantir que cada flag recebido seja o correto, ou seja, não tenha sido perdido, o flag é acompanhado por um número e conferido na ponta remota como o número + 1 também ilustrado na figura. Isso justifica em parte o nome do protocolo TCP - Transmission Control Protocol. A outra justificativa veremos depois, que o janelamento (windowing). 

domingo, 21 de junho de 2020

Compreenda a sumarização de redes

O que é sumarização de redes? Você já deve estar familiarizado com a estrutura de endereços e máscaras do protocolo IP. Em resumo, temos quatro octetos para determinar o endereço e quatro octetos que determinam a máscara. A máscara determina a porção do campo de endereço que pertence à rede e a porção que pertence ao host. Na máscara de sub-rede a porção de bits setados em 1 indicam a parte que identifica a rede e os zeros a identificação do host. Ou seja, na máscara 11111111.11111111.11111111.11000000 contando à partir do octeto mais à esquerda, temos os primeiros 26 bits setados em 1 que indicam a sub-rede. Os último 6 bits setados em zero são os que determinam o host. Assim, no endereço 11000000.10000001.11111111.11011111 temos os primeiros 26 bits indicando a rede e os últimos 6, o host, o que concluímos comparando o primeiro octeto da máscara, com o primeiro do endereço, e o segundo com o segundo, e assim por diante. Se convertemos para decimal a máscara acima fica 255.255.255.192 e o host  192.129.255.223. Como a porção de host são 6 bits, então, temos uma rede com 64 endereços possíveis que começam com 192.129.255.192 (endereço de rede) até 192.129.255.255 (endereço de broadcast). Portanto, com 62 endereços que podem ser usados por um host. 
Observe que o endereço 192.129.255.188 não faz parte desta rede, pois a mesma começa em 192. Por isso este endereço possui outro endereço de rede 192.129.255.128. Nesta situação os roteadores da rede tem que ter  uma entrada para cada uma destas redes existentes. Pense no contexto da internet. Imagina quantas redes? Existem situações que precisamos diminuir a quantidade de entradas em tabelas de roteamento principalmente de roteadores BGP da internet. Neste caso, usamos o artifício da sumarização, que nada mais é do que trazer o último bit que indica rede mais para trás. Neste caso, setamos apenas 1 bit no ultimo octeto da máscara, ficando com 7 bits de host. Assim, a máscara fica 255.255.255.128 e as redes 192.129.255.128 e 192.129.255.192 são cobertas por uma única rota. Ao passo que vamos diminuindo os bits da porção rede, vamos aumentando a quantidade de hosts cobertos por esta máscara, o que nos permite diminuir o número de rotas para redes anunciadas na tabela de roteamento. Agora em vez de duas redes, temos apenas uma que SUMARIZA as duas.  

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Um protocolo de roteamento diferente

O que é um protocolo de roteamento?

Protocolos de roteamento tornam as comunicações da internet possíveis. Isso porque as redes que compõem a internet precisam dos roteadores para se conectarem. Mas os roteadores se comunicam através de rotas e eles conhecem estas rotas, e consequentemente, uns aos outros, através de protocolos de roteamento. No geral, a internet se beneficia de um protocolo de roteamento chamado BGP ou Border Gateway Protocol. O BGP faz essencialmente a comunicação entre redes independentes chamadas de sistemas autônomos. Ele colhe informações de sistemas autônomos, como endereços ip e o caminho para a rede em que o host se encontra. Os roteadores possuem tabelas de roteamento onde registram todos os caminhos para outras redes. Nem sempre são redes de sistemas autônomos diferentes, mas às vezes, são tão grandes que precisam se valer de um protocolo que torne automático o aprendizado destas rotas. Em redes no mesmo sistema autônomo fazemos uso de outros protocolos de roteamento interno, a exemplo do RIP, OSPF e EIGRP. Uma coisa todos estes protocolos tem em comum: eles associam endereços IP a uma interface de saída do roteador local ou um IP de próximo salto. Ou seja, eles usam endereços IP para popular as tabelas de roteamento e assim tornar possível que roteadores falem com roteadores, e portanto, redes falem com redes.

As Redes de Dados Nomeados - NDN

A internet vem crescendo exponencialmente desde que foi concebida como uma rede de universidades. Ela hoje suporta mais que apenas troca de mensagens, planilhas, documentos de texto, como originalmente. Ela trafega dados de magnitude estupenda, faz stream de vídeos, suporta telefonemas, musicas, telepresença, filmes sob demanda etc. A internet está crescendo e novas tecnologias precisam aparecer para que ela continue crescendo. Uma abordagem de rede baseada em nomes e centrada na informação vem sendo cada vez mais cogitada como uma tecnologia que suporte todo este crescimento que é previsto. Esta tecnologia leva em conta a informação que está sendo solicitada e não o host que a possui. Estas redes são baseados em um paradigma chamado ICN de Information Centric Networks e a abordagem mais comum é a NDN de Named-Data Networks. Através de unidades de dados chamados de pacotes de interesse (interest packets), elas solicitam não a um host o dado desejado, mas o solicitam para a internet, que através de pacotes de dados (data packets) devolvem o conteúdo requerido. Porém, semelhante aos roteadores de redes IP tradicionais, os roteadores NDN precisam conhecer o caminho para outros roteadores, o que torna possível alcançar o conteúdo onde ele está disponível. Esses roteadores possuem uma tabela de encaminhamento chamada FIB que possui rotas para outras redes da internet. A diferença? Essas tabelas não usam números de IP e sim nomes de conteúdos associados às interfaces chamadas faces que propiciam o alcance dos dados procurados. Quem alimenta estas tabelas de forma análoga às redes IP é o protocolo de roteamento NLSR.

O NLSR - Named-data Link State Routing Protocol

É um protocolo de roteamento do tipo Link State que trabalha em redes nomeadas e portanto, com nomes ao invés de endereços IP. Ele supre as FIB dos roteadores NDN com Rotas para alcance do dado solicitado através dos pacotes de interesses (interest packets). Semelhante a outros protocolos de roteamento, em especial o OSPF, que também é do tipo link state, ele utiliza o conceito de custo para escolher uma ou mais rotas para um determinado local. Nas redes NDN, as rotas são automaticamente balanceadas caso existam mais de uma, assim, o NLSR precisa associar todas as faces existentes ao caminho para o conteúdo. A troca de informações de roteamento é feita através de LSA, link state Adversement, e pode usar qualquer subcamada da rede, ethernet, tunel IP, tunel TCP/UDP etc. para trocar as informações de base de dados de roteamento LSBD uma vez que o NLSR funciona no topo da estrutura de camadas da NDN. Como pacotes NDN são sempre assinados, as trocas de mensagens LSA são sempre confiáveis. Semelhante ao seu irmão mais velho OSPF, com NLSR todos os roteadores da rede constroem uma topologia geral. Um rank de múltiplos caminhos de encaminhamento é formado a partir desta topologia e de acordo com uma política de compliance de encaminhamento. Não é necessário o uso do shortest path uma vez que não será mais usado o melhor caminho e sim, os caminhos. Esta última sentença, aliás, nos lembra de um problema crítico em roteamento IP que são os loops de roteamento. Com NLSR, isto não mais acontece pois os pacotes NDN são manuseados nativamente de forma a facilitar o transporte por múltiplos caminhos. Muitas são as características deste protocolo, mas destacamos principalmente o uso de nomes, confiabilidade da informação, disseminação de informação e multi caminhos. Além disso, possui mecanismos de recuperação de falhas e de sincronização de base de dados de roteamento. Enfim, um protocolo de roteamento muito diferente!

Referencias:

Named-data.net




quinta-feira, 18 de junho de 2020

Encaminhamento de pacotes em dispositivos IP

Você sabe como um dispositivo IP sabe se deve encaminhar um pacote para o default gateway ou se o host está na mesma rede?

Uma operação booleana simples é executada. Porém, apesar de simples, ela é muito importante. É a lógica AND.

Nesta operação, o resultado é 1, se, e somente se, as premissas são iguais a 1

Ex.:     destination ip address: 10.2.128.3

            Subnet mask: 255.255.255.128 ou, respectivamente, em binário:

00001010.00000010.10000000.00000011 AND 11111111.11111111.11111111.10000000 = 00001010.00000010.10000000.00000000 que em decimal, não por coincidência é 10.2.128.0 que é o endereço da rede de destino.

Pois bem, quando um host analisa um pacote de rede ele faz a operação AND entre o endereço IP (binário) de destino e a subnet mask (binário). O resultado da operação é o endereço da rede que este pacote quer alcançar. Se a rede for a local, o pacote é enviado diretamente ao host, se não, o pacote é encaminhado ao gateway padrão que saberá o caminho para a rede de destino. Um algoritmo simples, entretanto, poderoso. Se gostou da dica , me siga no https://linkedin.com/in/fabiosantosembratel

Ergue-se um novo paradigma na internet

A demanda atual de conteúdo na internet envolvendo voz e vídeo por aplicativo, stream de filmes e séries, mineração e sistema de criptomoeda...